PANDEMIA COVID-19

 Fármacos e prolongamento do intervalo QT

COVID-19 e prolongamento do intervalo QT

As informações acerca do tratamento dos doentes COVID-19 com fármacos que prolongam o intervalo QT continua em constante actualização.

A HRS emitiu recentemente novas directrizes, que podem ser consultadas aqui.

Nos doentes com COVID-19 sob tratamento, recomenda-se:

  • Compreender o risco individual de cada doente quanto ao prolongamento do intervalo QT, tendo em conta condições clínicas, alterações electrolíticas e medicação em curso.
  • Optimizar o QTc basal, minimizando o uso de medicações que prolonguem o QT sempre que possível
  • Em doentes com risco elevado de prolongamento do intervalo QT,  se possível, monitorizar com telemetria

Para mais informações consulte a informação disponibilizada no site CredibleMeds AQUI

A Mayo Clinic publicou recomendações no que diz respeito ao uso de fármacos com risco de prolongar o intervalo QT e aumentar o risco de Torsade de Pointes. 

Consulte as recomendações AQUI.

Síndrome de Brugada

Apesar de não estarem descritas interacções farmacológicas entre os fármacos utilizados no tratamento da COVID-19 e a síndrome de Brugada, estes doentes também têm risco acrescido. Como sabemos, a febre pode não só desmascarar o padrão eletrocardiográfico de Brugada tipo 1, como desencadear episódios de taquicárdia ventricular e fibrilhação ventricular (1). Deste modo, sendo a febre um dos sintomas mais comuns na COVID-19, os doentes com Síndrome de Brugada devem ser considerados como doentes de alto risco, dada a possibilidade de aparecimento de arritmias ventriculares associadas ao quadro febril. Deve ser reforçada a necessidade de controlo de temperatura, caso seja necessário.

(1) C. Antzelevitch, R. Brugada. Fever and Brugada syndrome. Pacing Clin Electrophysiol, 25 (2002), pp. 1537-1539